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Prezados/as colegas,

A história de sucesso dos Estudos Africanos na Universidade de Bayreuth continua a se desenrolar: o Cluster de Excelência África Múltipla: Reconfigurando os Estudos Africanos (Africa Multiple, Reconfiguring African Studies), criado em 2019, foi bem-sucedido em um rigoroso processo de seleção e receberá financiamento da Fundação de Pesquisa Alemã (DFG) por mais sete anos. Essa decisão foi motivo de grande comemoração, pois agora abre caminho para a implementação de um programa de pesquisa colaborativo e ambicioso com novos focos temáticos. A decisão tomada há poucos dias pela Comissão de Excelência é um grande reconhecimento pelo trabalho realizado até agora.

Desde a sua criação em 2019, o Cluster de Excelência de Bayreuth tem se dedicado a reformular a pesquisa em estudos africanos por meio de esforços colaborativos com pesquisadores africanos, adotando uma abordagem interdisciplinar e globalmente conectada. Em estreita colaboração com quatro universidades parceiras em todo o continente africano (Universidade de Lagos, na Nigéria, Universidade Moi, no Quênia, Universidade Joseph Ki-Zerbo, em Burkina Faso e Universidade Rhodes, na África do Sul), a Universidade de Bayreuth tem se concentrado em temas como “Arte e Estética”, “Conhecimento”, “Mobilidades”, “Afiliação”, “Moralidade” e “Aprendizagem”, com o objetivo de ser pioneira em formas inovadoras de produção de conhecimento nos estudos africanos. Essa colaboração estabeleceu padrões de referência totalmente novos para a cooperação nos últimos anos.

Nos últimos anos, o Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) e o Programa de Pós-Graduação Multidisciplinar em Estudos Étnicos e Africanos (Posafro), ambos vinculados à Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) da Universidade Federal da Bahia (UFBA),estabeleceram parcerias com o Cluster. O Cluster tem oferecido apoio para publicações, pesquisa e organização de eventos, como pode ser aferido no site web https://www.africamultiple.uni-bayreuth.de/en/index.html.

Nos próximos sete anos a colaboração com o CEAO se tornará mais intensiva, assim como com a escola doutoral Fabrica de Ideias, que se realizará a cada dois anos em um dos quatro centros do Cluster em África.

Em sua segunda fase de financiamento, com início previsto para janeiro de 2026, o “Africa Multiple” intensificará ainda mais essa colaboração acadêmica, com o objetivo de elevar a reorganização dos estudos africanos a novos patamares. As próximas áreas temáticas  “Digitalidades “Ecologias”, “Acumulação” “Inseguranças”, “Memória” e “Tradução” – foram desenvolvidas coletivamente por pesquisadores das cinco localidades do Cluster e do CEAO. Iniciativas direcionadas reforçarão a interdisciplinaridade, a igualdade de gênero, a diversidade na investigação e aperfeiçoarão a gestão conjunta de dados de investigação. A criação de plataformas conjuntas para apoiar jovens investigadores e facilitar a mobilidade entre locais visa construir estruturas sustentáveis que perdurem para além do período de financiamento. Como resultado, o cluster desempenhará um papel ainda mais central na definição da estratégia de internacionalização da Universidade de Bayreuth e na promoção do seu avanço contínuo. … Leia Mais

​ XXV ESCOLA DOUTORAL FÁBRICA DE IDEIAS ​ EDIÇÃO SALVADOR ​ 01 A 13 DE SETEMBRO DE 2025

PERÍODO:

01 A 13 / SETEMBRO DE 2025.

LOCAL:

Universidade Federal da Bahia (UFBA) / Centro de Estudos Afro Orientais (CEAO)/ Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH).

RESUMO

​ ​ A edição 2025 da escola doutoral Fábrica de Ideias será sua vigésima quinta e coincidirá com a comemoração dos 65 anos do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO). A escola doutoral se realiza em duas etapas, uma primeira em formato de simpósio internacional e a segunda como seminário avançado de pesquisa, focado nos projetos de pesquisa dos alunos. ​ Os últimos 25 anos assistiram as transformações na paisagem intelectual global, com impactos profundos e duradouros sobre os Estudos Africanos, Étnicos e Afro-Americanos não somente no Brasil, mas também nas universidades do Norte Global e no próprio continente africano. Além da emergência da própria categoria “Sul Global”, diversos processos convergiram para a reconfiguração desses campos de estudo, notadamente: o crescimento de centro de ensino e pesquisa nestes campos, a consolidação de medidas redistributivas e de ação afirmativa no ensino superior, o ápice do multiculturalismo e o início de sua crise; a globalização do “pós-colonial”; o início do “giro decolonial”. O “Sul Global” também experimentou transições políticas e econômicas que alteraram o contexto e as condições de produção de conhecimento nesses campos em âmbitos nacionais, com a emergência de vozes e agendas até então silenciadas, em uma situação complexa de fragilização do Estado e reforço da dependência externa. Propomos debater as facetas desse processo de reconfiguração teórica e prática dos estudos étnicos e africanos durante os últimos 25 anos e, a partir desta reflexão sobre o passado deste campo de pesquisa, tentarmos imaginar o futuro destes estudos em um mundo cheio de mudanças e em franca desglobalização. ​ A Fábrica de Ideias é uma escola doutoral internacional de caráter intensivo sobre estudos étnico-raciais e africanos que promove edições anuais desde 1998, sempre com a preocupação de articular teoricamente esses dois campos e de propiciar espaços de interlocução de abrangência verdadeiramente global, envolvendo pesquisadores em diferentes estágios da carreira acadêmica. Com base no sucesso de experiências anteriores, nesta edição preveem-se diversas modalidades de participação – participantes presenciais das duas etapas do evento, o público presencial das palestras e conferências públicas (estimado em 200 pessoas) e o público que acompanhará as palestras e conferências através de transmissão online ao vivo, em qualquer parte do planeta. A escola doutoral se realiza em duas etapas, uma primeira em formato de simpósio internacional e a segunda como seminário avançado de pesquisa, focado nos projetos de pesquisa dos alunos. Nossa escola doutoral – um curso intensivo com 60 horas-aula, cadastrado como disciplina de pós-graduação de 4 créditos – tenciona confrontar o contexto brasileiro com o desenvolvimento dos estudos étnicos e africanos tanto nas universidades dos Estados Unidos e Europa como no próprio continente africano.

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